segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

:: Gerenciamento de fontes
Vivo recebendo perguntas sobre fontes. Qual o melhor tipo? Como instalar? Há problema em utilizar a pasta de fontes do sistema ou é melhor um gerenciador externo? Fontes talvez seja um dos assuntos mais importantes e menos levados em consideração quando se trata de editoração eletrônica. É, sem dúvida, a causa de 90% dos problemas em bureaus e gráficas e deve ser um assunto que deve ser levando em consideração tanto quanto o formato de arquivos o ou software de editoração.

Quanto ao gerenciamento é imprescindível utilizar um gerenciador de fontes. Utilizar os gerenciadores do próprio sistema, tanto no Windows quanto no Mac OS X, não é recomendado nem eficiente, sobrecarrega o sistema, deixando-o lento.

O gerenciamento manual, copiando e removendo as fontes da pasta de fontes do próprio programa não é nada produtivo, a não ser que você utilize poucas fontes e em poucos projetos. (O InDesign e o Illustrator possuem uma pasta para fontes (Fonts) dentro da pasta de instalação do programa.)

A melhor maneira de gerenciar fontes é mesmo um programa específico para esse fim. Depois da descontinuidade do ATM, ainda não encontrei um substituto a altura. No Windows utilizo o Suitcase, da Extensis, mas a versão para Mac eu não gosto, ainda não se acertaram muito bem o Mac OS X. Para Mac existem boas opções, uma delas gratuita. A que uso é o FontAgent Pro, da Insider. É bem estável e dá conta do recado. Para quem gosta, tem plug-in de ativação para InDesign, Illustrator e Quark. Mas, talvez a melhor opção para Mac (falando em custo) seja o FontExplorer X da, Linotype. Possui uma interface boa, intuitiva, similar aos outros gerenciadores de fontes e consegue gerenciar fontes TrueType, PostScript e OpenType.

Quanto ao formato de fonte, evite, tente nunca utilizar as fontes TrueType. Se for mesmo imprescindível, transforme em curvas para garantir que tudo ocorrerá sem problemas na impressão. Opte sempre por fontes PostScript ou OpenType. A fonte OpenType, apesar de não ser um formato novo (a primeira foi desenvolvida em 2000 pela Microsoft em conjunto com a Adobe), ainda existem alguns RIPs que apresentam problemas com elas. Certifique-se com seu provedor de serviços gráficos se pode utiliza-las sem problemas. Mas as velhas e confiáveis PostScript, podem ser utilizadas sem medo!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

:: PDF para InDesign
A Recosoft, que produz o software PDF2Office para conversão de arquivos PDF para Word, mostrou dia 9, na Macworld em São Francisco, uma versão alfa do plug-in PDF2InDesign. O plug-in permite que o InDesign abra um arquivo PDF transformado-o em um arquivo editável.

Ainda é uma versão alfa, está em estágio de desenvolvimento. Anunciam que ele estará disponível comercialmente em meados desse ano e será compatível com o CS2 e também com a nova versão CS3 do IND.

O plug-in adiciona uma opção Open PDF no menu File, o texto do arquivo é convertido para frames de texto. As imagens podem ser convertidas para os formatos JPG, TIF ou PNG. Os objetos vetoriais são convertidos para objetos vetoriais do IND. Segundo informações da empresa, também será possível converter as anotações de um arquivo PDF para frames de texto do IND.

Lembro-me que a versão beta que testei do InDesign 1.0 em 1999 (ainda no século passado!), abria arquivos PDF. Mas a Adobe retirou essa funcionalidade, afinal essa é uma área complicada. Arquivos PDF podem ser gerados de praticamente todo tipo de software, nem todos seguem as especificações determinadas pela Adobe para a geração de arquivos PDF. Todos são lidos pelo Acrobat, mas ler um arquivo é uma coisa e editar e imprimir é outra totalmente diferente.

Aguardo com muita expectativa o lançamento deste plug-in, com certeza será uma ferramenta que acrescentarei ao meu InDesign. Assim que a empresa liberar uma versão, farei teste e colocarei uma anotação aqui no blog.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

:: Conversão de arquivos de Quark e PageMaker
Muitos leitores têm escrito perguntando qual é a melhor maneira de aproveitar os arquivos antigos de QuarkXpress e PageMaker no InDesign. E eu sempre respondo: criando arquivos novos no InDesign!

Mas, se naquele momento de correria, com os prazos já estourados, concluir que a melhor alternativa é mesmo converter arquivos antigos, alguns cuidados devem ser tomados antes da conversão. Abra o arquivo que será convertido no software original e verifique os seguintes itens:

Fontes – o arquivo deve estar sem nenhum aviso de falta de fonte. Caso alguma fonte não esteja instalada, instale-a antes de fazer a conversão.
Links – todos os vínculos (imagens externas importadas para o layout) devem estar corretos, sem nenhum aviso de atualização ou de perda de vínculo.
Embutidas – O ideal é que todas as imagens do arquivo estejam “linkadas” e não embutidas na publicação. Imagens embutidas podem ser perdidas no momento da conversão.
Preflight – Faça um Preflight no documento, a verificação pode indicar detalhes de fontes e imagens que não foram observadas.
Save As – Após todas as verificações, execute um Save As (Salvar como) no documento, esse comando elimina as redundâncias e diminui o tamanho do arquivo.
Extensions – Em arquivos de QuarkXpress, verifique se nenhuma extension de terceiros está sendo utilizada. O InDesign converte apenas os arquivos. Efeitos ou características acrescentadas por extensions serão perdidos e podem até impedir a conversão do arquivo.

Tomados esses cuidados abra o arquivo. O InDesign abre arquivos de PageMaker 6.x e 7.0 e de QuarkXpress 3.3 até 4.1. Para converter arquivos Quark da versão 5.0 em diante existem duas possibilidades: Salvar o arquivo para as versões anteriores (3.3 e 4.1), ou adquirir um plug-in chamado Q2ID da Markzware. A nova versão converte inclusive arquivos de QuarkXpress 7.0.

Mas lembre-se, abrir arquivos de PM e QX no IND é sempre uma conversão. Mesmo utilizando o plug-in de conversão que faz um ótimo trabalho, sempre será necessário efetuar ajustes no arquivo convertido. Especialmente na parte tipográfica que no InDesign é muito apurada. Textos longos com certeza terão refluxo.

No caso de arquivos antigos o ideal é reaproveitar apenas as cores e os estilos de texto e caractere. Para isso, converta um arquivo e salve-o como arquivo de IND (.indd). A seguir crie um novo arquivo com as medidas do arquivo anterior e importe as cores e os estilos para o novo arquivo. Será necessário fazer os ajustes de geometria de página (guias, caixas, etc.), mas será muito mais seguro e não se corre o risco de problemas inexplicáveis no arquivo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

:: Cores duplicadas
Ao copiar arquivos do Illustrator e colar no InDesign, se cores com misturas iguais tiverem nomes diferentes, duas cores, com a mesma mistura, serão exibidas na paleta Swatches. Isso não provoca nenhum problema de impressão, mas aumenta a quantidade de cores na paleta sem necessidade. Para eliminar uma das cores e unificar a informação nos objetos que contém essas cores, selecione as cores com a tecla Command/Control pressionada e selecione, no menu da paleta Swatches, a opção Merge Swatches para eliminar uma das cores. O nome da primeira cor selecionada é que será mantida na paleta. Essa operação pode ser feita também para cores com misturas diferentes, apenas lembre-se de que a primeira cor selecionada é a que será mantida da paleta.

O menu da paleta Swatches também tem uma opção para eliminar cores que não estão sendo utilizadas (ao criar uma cor para aplicar em um objeto, mesmo que o objeto seja apagado a cor se mantém na paleta). Vá ao menu da paleta e escolha a opção Select All Unused. As cores que não estão sendo utilizadas serão todas selecionadas, clique no ícone da lixeira, na parte de baixo da paleta para eliminá-las. Esse é um ótimo procedimento para eliminar informação inútil antes de fazer o backup final de um trabalho.